CAPÍTULO
6 – O Esperado Reencontro
Gabrielle
ficou fora de si por tudo que ouvira de Apoliom, correu até ele e quis ver sua
face. Pegou em seus ombros e o forçou para que se virasse para ela.
Ao
encontrar seu olhar, pôde ver seus terríveis olhos negros. Negros como a noite
mais escura. Como a falta de esperança. Escuros como um âmbar negro.
Ao
mesmo tempo em que os olhos de Apoliom emanavam sua luz negra, o oposto
acontecia com Gabrielle. Seus olhos brilharam. Faíscas de luz saíam de suas
pupilas.
Uma
chama tão forte que qualquer um que estivesse ali teria que fechar seus próprios
olhos tamanho era a luminescência emanada de Gabrielle.
Era
a luz da esperança.
E
as luzes começaram a batalhar com as trevas. Uma não se sobressaia à outra. Batalhavam
no meio... De igual para igual.
Gabrielle
não entendia por que aquilo estava acontecendo.
Porque
seus olhos emanavam aquela luz... Ela sentia medo. Medo dessa nova experiência.
Mas ao mesmo tempo, sentia paz. Sentia-se protegida. Mesmo estando numa
situação extremamente perigosa.
Sentia
que nada poderia lhe ferir naquele momento. E um sentimento de paz lhe
envolveu. Se sentiu acalentada e protegida nesse momento.
Uma
grande explosão foi gerada pelo embate que ali estava acontecendo e ambos foram
lançados para longe pela força do impacto.
Gabrielle
caiu batendo forte no chão e imediatamente ficou desacordada. Era possível ver
um pouco de sangue em seu rosto, resultado de um corte em seu supercilio
causado na hora do impacto.
Apoliom
por sua vez, caiu do outro lado, bateu com a mesma força que Gabby no chão, mas
não sentiu tanto o impacto.
Agora
ele sabia.
Sabia
quem ela era.
Sabia
o que ela representava.
Seu
corpo se encheu de fúria e ele gritou. Gritou até ficar sem ar nos pulmões.
Emanava raiva por cada poro de seu corpo.
Ele
sabia quem Gabrielle era.
Ela
era seu oposto. Seu outro lado da balança.
Eles
eram como o Ying-Yang. Ele o lado mau e ela o lado bom. Ela a luz, ele as
trevas. Um não podia existir sem o outro. Assim como o calor não pode existir
sem o frio. Assim como o inverno não tem serventia sem o verão...
Um não podia morrer se o outro também não
morresse.
Sua
vontade era de aproveitar a oportunidade e rasgar sua garganta ali mesmo. Seria
tão fácil. Mas ele sabia que se fizesse isso, sua vida também se esvaneceria. Assim
como a areia escorre por entre os dedos.
Apoliom
– Eu ainda estou fraco. Ainda não é o momento certo para que eu acabe com sua
vida. Agora não Barda. Ainda não. Mas nossos destinos ainda irão se cruzar
novamente. E na próxima vez eu não terei piedade. – Disse Apoliom para
Gabrielle, que continuava desacordada no chão.
Apoliom
– E quando o momento chegar terei prazer em tirar sua vida com minhas próprias
mãos. Vou adorar ver seu sangue escorrendo pelo chão. Eu, O Grande Apoliom,
tirando mais uma nojenta vida de luz. Irei garantir que você se encontre com
sua amada Princesa Guerreira.
E
com uma grande risada, ele se foi. Sumiu num piscar de olhos deixando para trás
uma fumaça fétida que cheirava ao mais podre enxofre.
E
Gabrielle continuava ali. Com sua face ao chão. O sangue já se acumulava embaixo
de seu rosto.
Como
se costuma dizer, ela não estava nem pra cá e nem pra lá.
Ela
tinha uma breve e pequena consciência do que acontecia a sua volta. Porém não
conseguia distinguir o que era sonho e o que era realidade.
Sentia
o calor do sangue em seu rosto. Porém, imaginava que o calor era fruto de um
delicioso afago de sua amada Xena.
E
ela começou aos poucos a recobrar sua consciência. E percebeu que o afago
começou a tomar forma. E a forma tomou rosto.
E
sentiu seu corpo ser levantado do chão.
Ela
agora estava nos braços de quem ansiava estar pelos últimos meses.
Mesmo
estando num estado de semi consciência, era capaz de identificar os braços que
lhe carregavam. Reconhecia o cheiro da pele. Sentia o cabelo preto como a noite
roçando em seu rosto.
Não
tinha forças para nada. Apenas acalentou-se nos braços que a carregava e entrou
no torpor.
Seu
corpo estava esmigalhado. Mas sua alma estava bem. Reconfortada.
Sim.
Era
Xena.
Xena
a carregava para fora daquele lugar e tratava de leva-la para um local seguro.
Onde pudesse cuidar de sua amada em paz e sem que nenhum perigo as encontrasse.
Xena
andou por algum tempo carregando Gabrielle tão apertada em seus braços que se
alguém visse diria que ela tentava sufocar a loirinha.
Tanto
quanto Gabrielle, Xena também esperava por esse encontro. Ansiava voltar a ver
e escutar sua barda. Sentir seu cheiro.
E
agora que ela estava em seus braços nada poderia demovê-la disso.
Xena
encontrou uma cabana em meio a floresta. Ao que tudo indicava, estava
abandonada havia muito tempo. Estava puída e bem caída. Porém, não precisavam
de luxo, apenas de um lugar para que ela pudesse cuidar dos ferimentos de
Gabby. E olhá-la. E senti-la.
Xena
deitou Gabrielle em um monte de feno, a ajeitou e foi afora buscar lenha para
prover uma fogueira.
Após
algumas horas dentro da cabana, Gabrielle começou a voltar a si.
Ao
abrir seus olhos, mal pode acreditar no que seus olhos viam.
Sua
Xena estava ali.
Bem
diante de seus olhos.
Gabrielle
– Xena? Como...? Quando...? – Disse ainda confusa e tentando se levantar.
Xena
– Calma Gabrielle. Você levou uma pancada muito forte e ainda está um pouco
fraca.
Gabrielle
– Estou morta não é? Eu sabia que isso aconteceria. Eu queria que isso
acontecesse. Eu morri não foi? É a única forma de você estar aqui – Disse já
com sua voz embargada e as lágrimas escorrendo de seus suaves olhos azuis.
Xena
– Você não está morta meu amor. Lhe explicarei tudo depois. Agora você precisa
descansar.
Gabrielle
– Você promete que ainda estará aqui quando eu acordar? Porque eu não
suportaria saber que tudo não passa de um sonho. Meu coração não aguentaria
tamanha decepção.
Xena
– Eu não tenho nenhum outro lugar para estar... senão aqui. Ao seu lado. Eu não
quero estar em nenhum outro lugar. Quero estar aqui... com você. Agora durma
meu amor. Teremos um grande dia pela frente.
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Logo vem mais Xenites.
Desculpem a demora... Tio Ares se atrapalhou um pouco.
Ares
Ansiosa para ler o cap. 7 :3 kkk
ResponderExcluirAnsiosa para ler o cap. 7 kkk
ResponderExcluirRafa vc é realmente un grande amigo pra mim to emocionada com a história consigo ver toda a cena
ResponderExcluirRafa vc é realmente un grande amigo pra mim to emocionada com a história consigo ver toda a cena
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