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terça-feira, 1 de novembro de 2016

CAPÍTULO 6 – O Esperado Reencontro

CAPÍTULO 6 – O Esperado Reencontro

Gabrielle ficou fora de si por tudo que ouvira de Apoliom, correu até ele e quis ver sua face. Pegou em seus ombros e o forçou para que se virasse para ela.
Ao encontrar seu olhar, pôde ver seus terríveis olhos negros. Negros como a noite mais escura. Como a falta de esperança. Escuros como um âmbar negro.

Ao mesmo tempo em que os olhos de Apoliom emanavam sua luz negra, o oposto acontecia com Gabrielle. Seus olhos brilharam. Faíscas de luz saíam de suas pupilas.

Uma chama tão forte que qualquer um que estivesse ali teria que fechar seus próprios olhos tamanho era a luminescência emanada de Gabrielle.



Era a luz da esperança.

E as luzes começaram a batalhar com as trevas. Uma não se sobressaia à outra. Batalhavam no meio... De igual para igual.

Gabrielle não entendia por que aquilo estava acontecendo.

Porque seus olhos emanavam aquela luz... Ela sentia medo. Medo dessa nova experiência. Mas ao mesmo tempo, sentia paz. Sentia-se protegida. Mesmo estando numa situação extremamente perigosa.

Sentia que nada poderia lhe ferir naquele momento. E um sentimento de paz lhe envolveu. Se sentiu acalentada e protegida nesse momento.



Uma grande explosão foi gerada pelo embate que ali estava acontecendo e ambos foram lançados para longe pela força do impacto.

Gabrielle caiu batendo forte no chão e imediatamente ficou desacordada. Era possível ver um pouco de sangue em seu rosto, resultado de um corte em seu supercilio causado na hora do impacto.

Apoliom por sua vez, caiu do outro lado, bateu com a mesma força que Gabby no chão, mas não sentiu tanto o impacto. 

Logo se levantou e chegou perto de Gabrielle.

Agora ele sabia.

Sabia quem ela era.

Sabia o que ela representava.

Seu corpo se encheu de fúria e ele gritou. Gritou até ficar sem ar nos pulmões. Emanava raiva por cada poro de seu corpo.

Ele sabia quem Gabrielle era.

Ela era seu oposto. Seu outro lado da balança.

Eles eram como o Ying-Yang. Ele o lado mau e ela o lado bom. Ela a luz, ele as trevas. Um não podia existir sem o outro. Assim como o calor não pode existir sem o frio. Assim como o inverno não tem serventia sem o verão...



Um não podia morrer se o outro também não morresse.

Sua vontade era de aproveitar a oportunidade e rasgar sua garganta ali mesmo. Seria tão fácil. Mas ele sabia que se fizesse isso, sua vida também se esvaneceria. Assim como a areia escorre por entre os dedos.

Apoliom – Eu ainda estou fraco. Ainda não é o momento certo para que eu acabe com sua vida. Agora não Barda. Ainda não. Mas nossos destinos ainda irão se cruzar novamente. E na próxima vez eu não terei piedade. – Disse Apoliom para Gabrielle, que continuava desacordada no chão.

Apoliom – E quando o momento chegar terei prazer em tirar sua vida com minhas próprias mãos. Vou adorar ver seu sangue escorrendo pelo chão. Eu, O Grande Apoliom, tirando mais uma nojenta vida de luz. Irei garantir que você se encontre com sua amada Princesa Guerreira.

E com uma grande risada, ele se foi. Sumiu num piscar de olhos deixando para trás uma fumaça fétida que cheirava ao mais podre enxofre.

E Gabrielle continuava ali. Com sua face ao chão. O sangue já se acumulava embaixo de seu rosto.



Como se costuma dizer, ela não estava nem pra cá e nem pra lá.

Ela tinha uma breve e pequena consciência do que acontecia a sua volta. Porém não conseguia distinguir o que era sonho e o que era realidade.
Sentia o calor do sangue em seu rosto. Porém, imaginava que o calor era fruto de um delicioso afago de sua amada Xena.

E ela começou aos poucos a recobrar sua consciência. E percebeu que o afago começou a tomar forma. E a forma tomou rosto.

E sentiu seu corpo ser levantado do chão.

Ela agora estava nos braços de quem ansiava estar pelos últimos meses.



Mesmo estando num estado de semi consciência, era capaz de identificar os braços que lhe carregavam. Reconhecia o cheiro da pele. Sentia o cabelo preto como a noite roçando em seu rosto.

Não tinha forças para nada. Apenas acalentou-se nos braços que a carregava e entrou no torpor.

Seu corpo estava esmigalhado. Mas sua alma estava bem. Reconfortada.

Sim.

Era Xena.

Xena a carregava para fora daquele lugar e tratava de leva-la para um local seguro. Onde pudesse cuidar de sua amada em paz e sem que nenhum perigo as encontrasse.

Xena andou por algum tempo carregando Gabrielle tão apertada em seus braços que se alguém visse diria que ela tentava sufocar a loirinha.
Tanto quanto Gabrielle, Xena também esperava por esse encontro. Ansiava voltar a ver e escutar sua barda. Sentir seu cheiro.
E agora que ela estava em seus braços nada poderia demovê-la disso.



Xena encontrou uma cabana em meio a floresta. Ao que tudo indicava, estava abandonada havia muito tempo. Estava puída e bem caída. Porém, não precisavam de luxo, apenas de um lugar para que ela pudesse cuidar dos ferimentos de Gabby. E olhá-la. E senti-la.

Xena deitou Gabrielle em um monte de feno, a ajeitou e foi afora buscar lenha para prover uma fogueira.

Após algumas horas dentro da cabana, Gabrielle começou a voltar a si.

Ao abrir seus olhos, mal pode acreditar no que seus olhos viam.

Sua Xena estava ali.

Bem diante de seus olhos.



Gabrielle – Xena? Como...? Quando...? – Disse ainda confusa e tentando se levantar.

Xena – Calma Gabrielle. Você levou uma pancada muito forte e ainda está um pouco fraca.

Gabrielle – Estou morta não é? Eu sabia que isso aconteceria. Eu queria que isso acontecesse. Eu morri não foi? É a única forma de você estar aqui – Disse já com sua voz embargada e as lágrimas escorrendo de seus suaves olhos azuis.
Xena – Você não está morta meu amor. Lhe explicarei tudo depois. Agora você precisa descansar.



Gabrielle – Você promete que ainda estará aqui quando eu acordar? Porque eu não suportaria saber que tudo não passa de um sonho. Meu coração não aguentaria tamanha decepção.


Xena – Eu não tenho nenhum outro lugar para estar... senão aqui. Ao seu lado. Eu não quero estar em nenhum outro lugar. Quero estar aqui... com você. Agora durma meu amor. Teremos um grande dia pela frente.

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Logo vem mais Xenites.

Desculpem a demora... Tio Ares se atrapalhou um pouco.

Ares

4 comentários:

  1. Rafa vc é realmente un grande amigo pra mim to emocionada com a história consigo ver toda a cena

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  2. Rafa vc é realmente un grande amigo pra mim to emocionada com a história consigo ver toda a cena

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